O Bloco de Esquerda (BE) questiona a Câmara de Vila Verde sobre as medidas equacionadas para transportar os utentes até Vila Verde no caso de encerramento temporário da extensão de saúde da Portela do Vade. Pedro Soares questiona ainda o Ministério de Saúde sobre os prazos das obras de requalificação.
Se as obras de requalificação são um “uma notícia”, Pedro Soares defende que “é necessário saber quando estas vão estar concluídas bem como saber se, em articulação com o poder local, vão ser equacionadas medidas de apoio para o transporte dos utentes”.
Acompanhado pelos bloquistas Moisés Ferreira e Jorge Falcato, Pedro Soares, eleito pelo círculo de Braga, refere no documento entregue na Assembleia da República, que o eventual encerramento temporário daquela extensão de saúde vilaverdense está a provocar “grande preocupação na população”.
A preocupação, afirma Pedro Soares, prende-se, não só com as dificuldades dos utentes se deslocarem até à sede do concelho mas também com o receio que esta unidade de saúde “possa encerrar definitivamente”.
O BE lembra que Vila Verde fica a cerca de dez quilómetros de Atães, “numa zona onde os transportes públicos são deficitários”, sublinhando que “muitas das pessoas que recorrem a esta extensão de saúde são idosas, com poucos recursos financeiros e dificuldades de locomoção pelo que a distância de dez quilómetros se materializa num verdadeiro entrave ao acesso aos cuidados de que necessitam e aos quais têm direito”.
A extensão, situada na freguesia de Atães, presta cuidados de saúde de proximidade à população residente nas freguesias da União do Vade, Aboim da Nóbrega e Gondomar, e ainda alguns lugares de Barros.
Aquela unidade de saúde pertence à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Terra Verde que integra o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado II – Gerês Cabreira. A UCSP Terra Verde dispõe de cinco médicos de família para 7784 utentes, “o que significa que todos têm médico de família”, refere o BE.
Fernando Gualtieri (CP 1200)