Vendeu uma mata de pinheiros que não lhe pertencia. E arvorou-se em advogado, burlando um preso em Viana do Castelo. António Sousa Monteiro, de 61 anos, natural e residente em Prado, sem profissão, delinquente profissional com 14 condenações, apanhou mais seis anos e oito meses de prisão, em cúmulo jurídico, no Tribunal de Braga.
O arguido fora condenado em 2016 a dois anos de prisão por burla qualificada. Agora, o coletivo de juízes da Vara Mista condenou-o por ter vendido árvores a um homem, Fernando da Costa, de um terreno que lhe não pertencia em Vila Verde. Recebeu 2100 euros mas deu um prejuízo ao dono de 20.200 euros.
O outro crime porque foi sentenciado neste processo foi praticado em Viana do Castelo. Onde se fez passar por advogado junto de um indivíduo que estava em prisão preventiva e garantindo que era especialista em processos difíceis e já tinha safado muita gente das garras da justiça.
Convenceu, por isso, o preso, de nome Vítor Santos, a dar-lhe 10 mil euros, e este foi pedi-los à mãe. A vítima ficou sem o dinheiro e sem os prazos para se defender, ou seja, ‘tramou-se’ bem.
Na valoração da pena os magistrados tiveram em atenção que fora condenado 14 vezes, por crimes diversos como os de burla, cheque sem provisão, moeda falsa, desobediência, abuso de confiança fiscal e pessoal. Vai para a prisão pela quarta vez.
Luís Moreira (CP 8078)