A Câmara Municipal de Vila Verde e a Adere-Minho- Associação de Desenvolvimento Regional do Minho ainda não chegaram a acordo no diferendo que os opõe no Tribunal Cível de Braga, e em que o organismo associativo pede 250 mil euros à Câmara.
“Houve uma reunião de trabalho mas não houve acordo. Mas os advogados das partes vão continuar a conversar”, disse o presidente do município, António Vilela. Se não houver entendimento, o julgamento recomeça após as férias judiciais.
No processo, a Adere alega que não lhe foi pago o montante acordado pelas obras feitas na antiga escola primária da Cruz em Soutelo, onde tem a sede. Mas o ex-presidente do município, José Manuel Fernandes disse, em abril que “nunca se comprometeu a pagar nada” e afirma que a Associação tem uma atitude de “oportunismo”.
No caso, que foi, então, adiado para que as partes procurem um entendimento, o ex-autarca do município e atual eurodeputado, que vai depor enquanto testemunha, contesta a dívida, garantindo que nunca se comprometeu a pagar nada e que apenas deu uma “carta de conforto” que se destinava a garantir que a Adere tivesse acesso a fundos comunitários: “se a Associação não conseguisse pagar a sua parte teríamos que a assumir… Mas como a pagou, a Câmara não tem nada a liquidar”, afirma.
Em contraponto, a Adere-Minho diz que avançou com um projeto ao programa comunitário ‘Now’ com a garantia escrita do então presidente da Câmara, de que pagaria metade dos encargos de adaptação do imóvel. O custo inicial era de 579 mil euros.
Luís Moreira (CP 8078)