A dificuldade em notificar alguns dos 47 arguidos, ausentes no estrangeiro, em França e na Suíça, está a “emperrar” o processo de corrupção na atribuição de cartas de condução do centro de exames de Vila Verde, da ANIECA-Associação Nacional dos Industriais do Ensino da Condução Automóvel, que está no Ministério Público de Vila Verde.
Ao que o PressMinho apurou, o atraso na notificação impede que o processo suba para o Tribunal de Instrução de Braga, pedido já feito por alguns arguidos.
De acordo com o Ministério Público (MP) estão envolvidos neste esquemas de ‘luvas’ em troca de aprovação nos exames para a obtenção de carta de condução, 47 indivíduos, entre instrutores, examinadores, industriais do sector, além de um militar do destacamento de Braga da GNR. No total, o Estado terá sido lesado em mais de 1,1 milhões de euros.
O MP, de acordo com o JN, está convicto que os principais arguidos terão lesado o Estado em 1,107 milhões de euros. Segundo a acusação, só um dos examinadores de Vila Verde envolvido na rede terá arrecada 288 mil euros, e outos dois entre 215 e 195 mil euros.
Os factos deste caso de corrupção, que envolve escolas de condução de Vila Verde, Barcelos, Guimarães, Ponte de Lima e Vizela, remontam a 2008 e 1013.
A investigação da Polícia Judiciária de Braga permitiu apurar que os agora arguidos reclamavam dos instruendos entre mil e 1.500 euros por aprovação no exame teórico, e entre 100 e 150 euros pela ‘passagem’ no exame prático de condução.
Luís Moreira (CP 8078)