Uma funcionária do jardim-de-infância de Gême, Vila Verde, é acusada de exercer maus-tratos físicos e psicológicos sobre as crianças que tem a seu cuidado no período referente à Componente de Animação e Apoio às Famílias, antes e depois das actividades lectivas.
O caso surge, hoje, à estampa, no JN, que dá conta da existência de uma queixa formal de um grupo de pais junto do Ministério Público, na Junta de Freguesia local e no Agrupamento de Escolas de Vila Verde. Serão seis as crianças alvo das práticas agora denunciadas.
O caso havia já sido reportado no mês de Janeiro, mas agravou-se nos últimos tempos. No espaço escolar, para além da educadora, estão colocadas três assistentes operacionais (uma do agrupamento e duas da junta de freguesia). “Uma das funcionárias coloca as crianças de castigo numa sala fechada, sem luz, chama-lhes nomes e, em alguns casos, coloca-lhes fita-cola na boca”, relata uma das mães, em declarações reproduzidas na edição impressa do JN.
E vai mais longe: “notamos os primeiros sintomas em Janeiro. E foi sempre a piorar. O meu filho passa a noite a gritar e a dizer que não quer ir para o quarto escuro. Eles têm três ou quatro anos e estão a entrar na escola, mas mais parece que vão para a tropa”. Uma alusão ao facto da funcionária em causa ser ex-militar.
O Agrupamento de Escolas de Vila Verde já terá facultado «todo o apoio psicológico» às crianças afectadas. Em sintonia com a autarquia, o presidente do agrupamento, António Rodrigues, diz que avançará com acções de formação para as duas funcionárias da junta. «Terá havido comportamentos censuráveis, mas, agora, temos que normalizar a situação», referiu.
A junta de freguesia revela, entretanto, que foi instaurado «um processo de averiguações». Natália Carvalho assinala que funcionárias contratadas pelo executivo anterior vão agora receber formação.
Entretanto, segue a queixa dos pais junto do Ministério Público, no Tribunal de Vila Verde.
CMS (CP 3022) com JN