Batia na ex-mulher e nos três filhos. Tem um comportamento agressivo. Um homem de apelido Pereira, de 53 anos, residente em Turiz, Vila Verde, está a ser julgado no Tribunal de Braga por quatro crimes de violência doméstica.
Casado desde 1989 e com três filhos, o arguido está acusado de, devido ao seu temperamento violento, dar pontapés e chamar diversos impropérios à ex-mulher, bem como aos três descendentes, duas raparigas e um rapaz.
A acusação diz que, nas discussões familiares, batia no filho mais novo e nas duas mais velhas, atirava objetos pelo ar e chamava “puta e vaca” à companheira.
Em dada ocasião de 2016 esmurrou-a e fez o mesmo às jovens, a quem agrediu pelas costas. Uma delas ficou a sangrar, após um pontapé na cabeça. Apesar disso, proibiu-as de irem ao Hospital.
Noutra altura, pegou em facas de cozinha e ameaçou-as de morte. Bateu, também, numa das raparigas por esta ter posto baton nos lábios. Insultando-a, também, “a preceito”.
Dizia-lhes que a mulher andava metida com o padre, e que o filho não era dele. Estavam, ainda, impedidas por ele de irem a casa da avó ou de umas tias.
Em janeiro deste ano e no âmbito de um inquérito judicial, a GNR apreendeu-lhe, em casa, uma pistola de calibre 7.65 milímetros. Daí que esteja, também, a ser julgado por posse de arma proibida.
Quando foi detido, ficou obrigado a afastar-se da casa da família, o que cumpriu, embora andasse na rua e nos cafés, a fazer-lhes ameaças diversas.
Aceitou, na ocasião, ser alvo de tratamento psiquiátrico. Atualmente mora na Loureira.
O Instituto de Medicina Legal realizou-lhe um exame de saúde mental, a pedido do Tribunal, o qual concluiu que era “imputável”, pois tinha consciência do que fazia quando agredia os familiares.
Em paralelo ao processo-crime, o homem meteu um processo cível à empresa da ex-mulher, argumentando ter a haver 145 mil euros (mais juros) por ter trabalhado para ela durante vários anos, sem nada receber.
O julgamento, que teve já uma primeira sessão, prossegue no final do mês, com a audição das quatro testemunhas da família, a qual decorre sem a presença do arguido, a pedido delas.
Luís Moreira (CP 8078)