A Câmara de Vila Verde e o Núcleo de Braga da Liga dos Combatentes inauguraram este domingo uma lápide, no centro da vila, com o nome dos 61 vilaverdenses que perderam a vida na I Guerra Mundial.
“É uma homenagem mais do que justa que fazemos aos ilustres e bravos vilaverdenses que participaram na Guerra. Somos gratos e não esquecemos aqueles que fizeram a nossa história”, frisou o autarca António Vilela.
O presidente da Câmara deixou “palavras de respeito e de muita gratidão” aos 396 combatentes oriundos de Vila Verde, em especial aos que perderam a vida durante o conflito, assim como às suas famílias.
Para o secretário do Núcleo de Braga da Liga de Combatentes, António Oliveira, este é um monumento que permite que as gerações vindouras “conheçam aqueles que lutaram e perderam a vida na Guerra e saibam quem eram as suas famílias”.
“Temos que lhes manifestar eterna gratidão e admiração. Jamais serão esquecidos”, vincou.
O programa das comemorações do 99.º aniversário do fim da I Grande Guerra, em Vila Verde, começou na sexta-feira, com a apresentação de um livro da autoria de Albino Penteado Neiva.
Este domingo, a evocação dos combatentes vilaverdenses que participaram na Grande Guerra integrou ainda a colocação de uma coroa de flores no Monumento aos Combatentes e uma missa, celebrada na Igreja Matriz, com a animação da Verde Tuna.
O momento contou com a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde e com o Agrupamento de Escuteiros de Vila Verde.
LEMBRAR COMBATENTES DO ULTRAMAR
No seu discurso, António Oliveira lembrou também os militares que participaram noutros conflitos armados, nomeadamente na Guerra Colonial, “que também devem ser recordados”.
“De 1921 a 2017, foram muitos os portugueses que estiveram em diversas acções de paz”, lembrou.
Logo depois, o presidente da Câmara, António Vilela, reiterou que a autarquia “está sempre disponível para todas as homenagens justas que possam ser realizadas”.
“Temos os cemitérios povoados de jovens vilaverdenses que lutaram nas ex-colónias. É uma história que ainda não foi feita, mas devemos também lembrá-los, assim como a todos os que participaram numa guerra sem nada ter feito para que ela existisse”, apontou.
Ricardo Reis Costa (CP 10478)