O Tribunal de Braga agendou, esta sexta-feira, para o dia 13 de janeiro o começo do julgamento do caso de corrupção que envolve 47 arguidos, entre eles oito examinadores ligados ao centro de exames de Vila Verde da ANIECA-Associação Nacional dos Industriais do Ensino da Condução Automóvel.
Conforme o jornal O Vilaverdense/PressMinho noticiou, os 47 arguidos, entre examinadores, instrutores e donos escolas de condução estão acusados dos crimes de corrupção activa e passiva por terem – sustenta a acusação – recebido dinheiro de alunos para os ajudar nos exames de condução. Por norma, os instruendos pagavam de mil a 1500 euros por exame teórico e de 100 a 150 por prova prática. Casos houve, com o do futebolista Fábio Coentrão – que é testemunha no processo – em que o pagamento chegou aos quatro mil euros.
Além de Coentrão, o caso tem dezenas de testemunhas, a maioria alunos de escolas da região, que terão pago a examinadores e donos de escolas.
De acordo com a acusação do Ministério Público, o esquema envolvia os examinadores Joaquim Moreira de Oliveira, José Miguel Mota, João Abreu, João Miguel Azevedo, Américo Dias, e José Cancela. Joaquim Moreira de Oliveira é suspeito de ser o ‘coordenador’ do esquema de corrupção, embora não esteja indiciado por associação criminosa.
A investigação da PJ foi feita a partir da denúncia de um industrial do sector na região e envolveu escutas telefónicas, vigilâncias presenciais e interrogação directa de testemunhas.