O Tribunal de Braga começa dia 21 o julgamento dos 47 arguidos do processo de corrupção nos exames de condução, uma investigação que envolve o antigo centro de exames da ANIECA – Associação Nacional dos Industriais do setor.
Os 47 arguidos, entre examinadores, instrutores e escolas de condução estão acusados dos crimes de corrupção ativa e passiva por terem – sustenta a acusação – recebido dinheiro de alunos para os ajudar nos exames de condução. Por norma, os instruendos pagavam de mil a 1500 euros por exame teórico e de 100 a 150 por prova prática.
Casos houve, com o do futebolista Fábio Coentrão – que é testemunha no processo – em que o pagamento chegou aos quatro mil euros.
Além de Coentrão, o caso tem dezenas de testemunhas, a maioria alunos de escolas da região, que terão pago a examinadores e donos de escolas. As testemunhas beneficiaram do instituto jurídico chamado “suspensão provisória do processo” que é aplicado pelo Ministério Público a quem é delinquente primário e com a contrapartida de pagarem uma quantia – 200 a 300 euros – a uma instituição de solidariedade social.
Luís Moreira (CP 8078)