O Museu do Linho, em Marrancos, vai ser alvo de obras de ampliação, que deverão estar concluídas dentro de um ano e permitirão que a área da estrutura cresça perto de 400 metros quadrados, passando a ter novos espaços e capacidade para receber mais visitantes.
“O museu terá sensivelmente mais cerca de 400 metros quadrados de área e comportará espaços onde serão acolhidos novos elementos associados à produção e ao trabalho do linho, em contexto simulado de habitação da época”, explicou o presidente da Câmara.
Falando à margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra das obras, que decorreu esta quinta-feira, António Vilela acrescentou que a ampliação permitirá ainda a criação de um espaço de acolhimento exterior, de mais de 100 metros quadrados, para a realização de eventos, como é o caso da Espadelada de Linho ali realizada anualmente.
“Esta ampliação surgiu sobretudo pelo facto de termos muito espólio e de pretendermos valorizarmos o que já existia. O espaço já era pequeno tendo em conta a receptividade que está a existir em termos de visitas”, sublinhou Vilela.
A obra de ampliação está orçamentada em cerca de 334 mil euros, comparticipada em 85% por fundos comunitários. Com o recheio do espaço, segundo o autarca, poderá chegar aos 400 mil.
ESPAÇOS SOCIAIS
Para o Director Regional da Cultura do Norte, António Ponte, “os museus não são apenas depósitos”, devendo ser vistos como “espaços sociais e de convívio” em que seja possível “preservar as tradições e as identidades” locais.
“Precisamos que este património fale e interaja com as pessoas, seja um recurso económico e social. Um museu tem que falar com quem o visita e ajudar a fazer perceber a história das nossas terras, neste caso do linho”, frisou.
Nas palavras do presidente da Junta da União de Freguesias de Marrancos e Arcozelo, Manuel Rodrigues, o Museu do Linho “é um equipamento cultural que muito orgulha a freguesia”, assumindo um papel importante na divulgação do património cultural.
“Este museu vai afirmar-se como um local de recolha e preservação de uma tradição muito rica que faz parte da nossa história e da nossa identidade”, destacou.
Ricardo Reis Costa (CP 6811-A)