O presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, disse esta segunda-feira que a interdição da Praia Fluvial do Faial, na Vila de Prado, “é incompreensível” e sugeriu que a Autoridade de Saúde recorra a um outro laboratório certificado.
“O município continua a fazer a monitorização das águas, todas as semanas. Esperamos que a Autoridade de Saúde faça análises com maior regularidade ou que se socorra de outro laboratório certificado para aferir que a água tem boa qualidade”, frisou.
Esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, à margem de uma apresentação da Associação Comercial de Braga na Câmara de Vila Verde, Vilela reforçou que os resultados das análises encomendadas pela autarquia mostram que a água tem “óptimas condições” para a prática balnear.
“Não se percebe como é que o Município faz controlo das águas e até hoje nenhuma análise tenha revelado incumprimento, sendo que uma delas, para que se desfizessem as dúvidas, resultou de uma colheita feita pelo técnico da Autoridade de Saúde, no mesmo local e no mesmo momento”, vincou.
As amostras tiveram destinos e resultados diferentes. “No laboratório que utilizamos, que é certificado, foram reveladas condições óptimas para a prática balnear. A análise feita pelo laboratório da Autoridade de Saúde revelou a presença de salmonelas”, explicou.
Para António Vilela, “não é compreensível que a água colhida no mesmo dia possa ter resultados diferentes nem é compreensível que na margem de Vila Verde seja hasteada uma bandeira vermelha e na margem de Braga, a jusante da mesma praia, haja uma bandeira verde”.
De acordo com o autarca, embora a Praia do Faial continue a ser visitada, esta interdição “está a prejudicar, de forma muito grave, a economia local e os comerciantes das redondezas”.
Ricardo Reis Costa (CP 10478)