Um jovem carpinteiro que se encontra indiciado por violência doméstica, situação que desencadeou uma megaoperação policial, incluindo o arrobamento da porta e a entrada táctico-policial no apartamento onde terá agredido a companheira frente à filha da vítima, de cinco anos, em Lamaçães, Braga, saiu em liberdade, mediante pulseira electrónica.
Igor Paulo Ferreira Duarte, de 22 anos, solteiro, carpinteiro, está proibido de contactar com a vítima, de 26 anos, de nacionalidade brasileira, além de não dever aproximar-se a menos de 300 metros da casa e do local de trabalho da vítima, a sua ex-companheira, D.M.S., com múltiplas fracturas e teve alta médica esta quinta-feira de tarde do Hospital de Braga.
A situação ocorreu pouco depois da uma da madrugada, na Praça Manuel Fernandes da Silva, em Lamaçães, Braga, na noite de quarta-feira para quinta-feira, quando vizinhos, ouvindo os gritos do apartamento, inclusivamente da criança, que se fechou no quarto, temendo também ser agredida, deram o alerta para a PSP, que mobilizou muitos meios, ao todo mais de duas dezenas de agentes que isolaram a área para fazer a megaoperação.
A PSP, sob o comando do subcomissário Magalhães Pereira, arrombou a porta, quando o locatário, insistentemente, não acedia às ordens policiais, “mantendo sequestrada e em cativeiro” a sua companheira e que apresentava múltiplos ferimentos, por todo o corpo.
A PSP “perante a iminente perigosidade para a vida da vítima e da sua filha menor, ao constatar a veracidade dos alertas dos vizinhos”, avançou então, “com a necessidade de intervenção imediata, arrombando a porta do apartamento e do quarto onde o casal se encontra”, enquanto a menina, filha da vítima, estava fechada noutro quarto, com medo.
O Comando Distrital de Braga da PSP destacou ter actuado “no contexto de um quadro grave de violência doméstica” e, pelos quais, “a vítima apresentava ferimentos graves”.
A juíza de instrução criminal de Braga proibiu o suspeito de ir até à casa da vítima e de aproximar-se menos de 300 metros, limite que será controlado através de uma pulseira electrónica, tendo então o arguido, Igor Duarte, saído já do Palácio da Justiça de Braga acompanhado por agentes da PSP de Braga e pela sua advogada, Marta Xavier Ferreira.
O jovem foi escoltado pela PSP até à casa da vítima buscar os seus pertences e seguiu para a residência dos seus pais na freguesia de Figueiredo, em Braga, onde agora reside.
JG (CP 2015)