“Temos de estar preparados para confinamento e ensino à distância mais duradouros do que se pensava”, avisou esta quinta-feira o Presidente da República numa breve declaração ao país, lembrando que também o controlo das fronteiras e a limitação da deslocação dos nacionais para lá das fronteiras, num “auto-confinamento”.
“Vivemos o período mais difícil da pandemia, temos dos mais elevados números da Europa e a variante inglesa surgiu e propagou-se vertiginosamente”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa, que fala de uma situação “extrema” na Grande Lisboa.
“Temos de esgotar todas as possibilidades”, na capacidade de resposta do SNS. “Não vale a pena esconder a realidade, fazer de conta ou iludir a situação”, afirmou.
“O que for feito até Março, inclusive, determinará o que vão ser a Primavera, o Verão e quem sabe o Outono”, sublinhou,
“Joga-se tudo nas próximas semanas”, frisou
A vaga inglesa tem de passar “sem surgir outra vaga, de outros continentes, o que já estamos a prever”, garantiu o chefe de Estado, que defende que o custo destas medidas “é de longe inferior” aos custos provocados por uma pandemia que se estenda até Outubro “deste ano”.
“Temos mesmo de travar a escalada em curso, e já”, exortou. Marcelo Rebelo de Sousa quer, de todos, à semelhança do que é dado pelos profissionais de saúde, “carácter, consistência, entrega e espírito de missão”.
“Será que ainda vamos a tempo? Claro que ainda vamos a tempo. Mas este é o tempo de fazermos todos, poderes públicos e portugueses, mais e melhor”, apelou.
Sobre a vacinação dos políticos, Marcelo é claro: “ninguém, de bom senso, quereria fazer passar centenas, ou um milhar, de titulares de cargos políticos ou de funcionários, por muito importantes que fosse, à frente de milhares de idosos com as doenças mais graves e, por isso, da mais óbvia prioridade”.
Redacção com TSF e Renascença